sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Revolução

(essa eu fiz a partir da primeira frase, que um amigo disse para outro e um chamava o outro de Revolução, na base da brincadeira, eu pensei "vou fazer uma música sobre isso")



Lembrei de você
quando fui no cartório ontem
Não sei mais o que
vou fazer se me tirarem o nome

A gente tem que ser
melhor hoje do que foi antes
A gente pode ser
bem mais que imagina,

Não se afobe
vai dar tudo certo
Venha agora
Vamos rumo ao teto

Revolução
é pra ontem (repete tudo)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O beijo que eu quero te dar

Não desapareça
para que a noite não esqueça
do que o dia nos fez entender

Não esmoreça
sem que, ao menos, perceba
que havia muito mais a perder

O amanhecer
vai nos trazer
o sol
cercado de nuvens e cores, suaves
como o beijo que eu quero te dar

O anoitecer
vai nos trazer
a lua
cercada pela chava de sabores, suaves
como o beijo que eu quero te dar

E a madrugada
vai nos assistir, calada

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Verão

(essa é de 1997, e é uma das que eu fiz pensando nas duas possibilidades da palavra, que são o verbo "ver" no futuro, e a estação do ano. Mudei ela um pouquinho até por necessidade de corrigir certos aspectos gramaticais que deixei passar na época que a fiz)


A areia da praia
A água do mar
O sombreiro, a chuva
que já vai passar

O nascer e o pôr
do que chamamos sol
o antes e o depois
do durante melhor

O céu aberto
recheado de nuvens brancas
O tempo passa
e a gente, cada vez mais, se espanta
com a beleza do momento
que chamamos verão

O que vemos hoje é tristeza
estampada no coração
daqueles que tem a certeza
de que não vão poder comer um pão

No entanto vemos alegria
nos corações de quem
sequer se sensibiliza
com a dor que os outros sentem

O céu aberto
recheado de nuvens brancas
O tempo passa
e a gente, cada vez mais, se espanta
com as coisas que vemos
e sabemos que os outros verão

Verão... (repete várias vezes)

Doce gole de ilusão

(essa merece um comentário, pois data de 6/11/1996, e eu tenho ela no original daquela época aqui em casa, ainda, num caderno bem velho. Foi a segunda música que eu fiz, e confesso que gosto muito do resultado - relaxe, que, essa é daquelas que a gente faz se imaginando na pele de outra pessoa, pois eu não bebia naquela época nem queria me suicidar, não)


De repente estou na rua
Olho para os lados e não vejo carros
Atravesso cambaleando
Cambaleando chego do outro lado

Em minha frente só um boteco
cheio de carinhas que estão me esperando
Entro, em seguida, peço
Peço a primeira, de muitas que virão, e

Num doce gole de ilusão
eu me afogo
e imploro
e vou até o fim
E num curto espaço de tempo
eu me alegro
e revelo
tudo o que há em mim.

A vida só me traz desgosto
Parece que nada nunca vai dar certo
Eu sinto o cheiro do esgoto
e fujo, o problema é como seguir reto

Num doce gole de ilusão
eu me afogo
e imploro
e vou até o fim
E num curto espaço de tempo
eu me alegro
e revelo
tudo o que há em mim.

Ainda dizem que isso é ruim
Não concordo com essa tese
O pior é a vontade
ou o problema que a antecede?

A minha vida já acabaou
Eu já fiz tudo o que devia
Agora é só esperar
Esperar o fim da vida

Num doce gole de ilusão
eu me afogo
e imploro
e vou até o fim
E num curto espaço de tempo
eu me alegro
e revelo
tudo o que há em mim.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Passar bem

(essa um rock rápido de 2004)


Quem garante que a razão está contigo?
Quais as provas que garantem isso?
Talvez seja apenas mais uma ilusão
Criada por alguém para te deixar nas mãos

De algum livro
mas siga em frente
conte sempre comigo
para abrir a mente
com mais uma dose, um traço uma palavra
alguma solução que você nem imaginava

Talvez a razão esteja, mesmo, contigo
Não tenho certeza, mas acho que não
Talvez seja aenas mais uma prosão
Maquiada, embalada, enviada, dentro, mesmo

De algum livro
mas siga em frente
conte sempre comigo
para abrir a mente
com mais uma dose, um traço uma palavra
alguma solução que você nem imaginava

Passar bem (repete várias vezes)

domingo, 11 de setembro de 2011

Nine eleven

I won't believe your lies
without any questioning
Won't say you're right
just because you've had me

believing it's right
for just a few to rule
when every night
so many people die, too

It would be another
Nine eleven
If we were all doomed by the army of truth
It would be another
Nine eleven
If what really matters prevailed, at noon

It's not so easy not to be terrified
when you don't have anything to eat (repete 3 vezes)

It would be a lot worst than
Nine eleven
If we were all ruled by the needs of the universe
It would be another
Nine eleven
If what really matters prevailed, my sugar

It would be a lot better (repete várias vezes)

sábado, 10 de setembro de 2011

A beleza na face daquela mulher

(essa também é de 2003, e foi para uma mulher por quem eu senti uma paixão forte demais para ser devidamente descrita em poemas, livros, filmes ou músicas)



Eu vi a beleza maior
numa fração de segundos
mas longa do que odos os meus sonhos juntos
Ela cortou meu coração ao fundo
me fez sentir algo jamais cogitado
Não sei dizer se foi dor, calor, temor, amor

Parecia tudo junto de uma vez só

A dor causou temor,
o amor trouxe o calor.
O calor, junto ao temor
me fez sentir a dor
A dor, junto ao calor,
me lembrou o amor

Como um gole seco de café quente e amargo

Fiquei confuso, sem razão, sem amparo
sem saída sem entrada, nem fé
Eu vi a beleza na face daquela mulher

Ela sabe o que ela quer

(essa é do ano de 2003. Fiz pensando no público gay, mas ela serve para as mulheres - e homens maduros- como um todo, creio)


Por que você não tenta entender o que ela disse?
Não custa nada tentar
Podia incentivá-la sem que ela pedisse
Sempre é bom ajudar

Deixe que ela veja
Deixe que ela escute
Deixe que ela entenda
por si mesma, a plenitude

Ela sabe o que ela tem
Ela sabe o que ela é
Sabe mais do que ninguém
Ela sabe o que ela quer
Se não souber, quem vai saber?

Por mais que não demonstre você vê naqueles olhos
o brilho azul da paixão
Em tudo o que ela toca nos pratos, nos copos,
até na palma da mão

Deixe que ela veja
Deixe que ela escute
Deixe que ela entenda
por si mesma, a plenitude

Ela sabe o que ela tem
Ela sabe o que ela é
Sabe mais do que ninguém
Ela sabe o que ela quer
Se não souber, quem vai saber?

É muito melhor
perceber por si só
Na cama, na sala
Em segundos (repete "em segundos" diversas vezes)

Basta estar vivo

Luzes em linhas curtas
Me cercando e desaparecendo
Voltando e sumindo
Mais uma dor
Mais uma descoberta
Debaixo do cobertor

O desgaste que o tempo traz
é inevitável
O milagre que ficou pra trás
Inacreditável

Basta estar contente
Para ficar triste com alguma bobagem
Baosta estar doente
Para se sentir bem sem usar maquiagem
Basta estar vivo
para morrer

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O meu paraíso

O meu paraíso
áspero e doce
suave, antes fosse
refém do dinheiro
prazer passageiro
Nada disso

O vale da sinceridade
é o meu paraíso

Repleto de escamas
loucuras mundanas
Refém do IBOPE
Cor de rosa choque
nada disso

O diamante do carinho
é o meu paraíso

(repete tudo)

A pedra da honestidade
é o meu paraíso (repete várias vezes)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Nossos segredos

(esse é um rock, bem animadinho, para levantar o astral naqueles momentos mais "para baixo" que todos temos, invariavelmente)



O que eu te disse de errado
caminha, lado a lado
com o bem que eu te fiz

O que eu te fiz de errado
voa, lado a lado
com o bem que eu te quis

E, se eu te disse
precisei dizer
E, se eu te visse
poderia fazer

muito mais por muito menos
imortais, os nossos segredos
não morrem conosco
Aliás, por muito menos,
o que mais, eu conto nos dedos
das mãos do nosso povo
não são poucos

(repete tudo, depois repete o refrão mais 3 vezes)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Prometo seguir

Se você me disser que não me quer do seu lado
Eu não vou saber o que fazer para entender o seu lado

Respeito a sua opinião
E, apesar da confusão,
eu prometo seguir

Olhando pra trás
de vez em quando
só pra tentar entender

Buscando sinais
Escondendo o pranto
Só não me peça para te esquecer

Se você me fizer tentar esquecer o seu jeito
Eu vou tentar sobreviver sei lá de que jeito

Respeito a sua opinião
E, apesar da confusão,
eu prometo seguir

Olhando pra trás
de vez em quando
só pra tentar entender

Buscando sinais
Escondendo o pranto
Só não me peça para te esquecer

domingo, 4 de setembro de 2011

Antes de acabar

Por mais que se queira
não é possível
pensar apenas no que agrada

A tarde se esqueira
imprevisível
tentando se esticar para nada

Antes de acabar
me dê a mão
me leve para onde você ia brincar
Eu vou te mostrar que tudo pode ser melhor

sábado, 3 de setembro de 2011

Nada é tudo


(recentemente eu vi uma entrevista de José Mourinho, técnico do Real Madri, hoje em dia, em que ele dizia que a família "é tudo". Entendo a posição dele, que quis dizer que a família é importantíssima, mas me senti na obrigação de contestar isso, até por ter se banalizado demais essa expressão - hoje as pessoas dizem que atitude é tudo, ter amigos é tudo... Enfim: a gente precisa ter um pouco mais de noção quando usar da metáfora, até para não acabar confundindo mais as cabeças dos outros. Espero que entendam.)




Nem família
nem atitude
nem a questão de manter a mente aberta
ou qualquer coisa ereta
ou mesmo o coração tranquilo

Nada isoladamente
nada separadamente
nada esforçadamente
é tudo.

Alimentação,
saúde ou trabalho
nada disso pode ser tomado
como tudo,
como é feito
rotineiramente

Nada isoladamente
nada separadamente
nada evidentemente
é tudo.

Se a gente considera o tempo
fica mais fácil entender
que, na verdade, nada é tudo.
Pois tudo há de envolver
o que foi, o que é
e o que será que será
de cada um de nós,
e dos outros,
dos animais,
da plantas,
da terra,
do sol,
dos planetas
de todas as galáxias
do universo

Nada isoladamente
nada separadamente
nada verdadeiramente
é tudo.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Fique aqui


(Acabei essa agora. É, não tô nem aí para registro, mesmo, por que não tenho mais a ilusão de ganhar dinheiro com música por não acreditar mais em muita coisa, infelizmente. E se alguém quiser usar a música, que use e seja feliz. Depois eu processo, que isso aqui de repente já vai me dar respaldo para um processo)



As coisas podem não ser como deveriam
mas a gente pode ao menos tentar
fazer com que elas fiquem um pouco melhores
ou, quem sabe, não piorar

Você me faz com que eu me sinta mais jovem
eu sei que não é nada de mais
Você não sabe o quanto me ajuda, com isso
mas eu quero tentar te mostrar

Fique aqui
me deixe tentar te mostrar
por aí
Como é bom cada sorriso
cada gesto

As coisas talvez não sejam como queriam
aqueles que nem querem pensar
em não sofrer por nada nem temer a ira
de quem só deveria ganhar

Você me faz com que eu me sinta mais forte
eu sei que isso não é tão vulgar
Você já sabe como me conter, se mostre
mais forte do que o jogo de azar

Fique aqui
me deixe tentar te mostrar
por aí
o quanto vale cada lágrima
cada gesto
cada toque
cada novo segundo contigo
é uma dádiva
incomensurável